Vamos exemplificar apenas um segmento a fim de entendermos a proposta deste trabalho: a empresa industrial, independente do segmento de manufatura, onde a administração passa por uma fase de mudanças constantes e com mais assertividade nos últimos 30 anos. O próprio desenho da empresa , quando comparamos os períodos, a advinda da era da informática como fonte de mudanças no sentido de otimização de recursos, ainda não atingiu nenhum currículo universitário, de forma a proporcionar ao aluno, uma visão holística, o aluno ainda possui uma visão segregada de sua profissão, função ou cargo em determinada empresa. As empresas tinham algumas definições claras e responsabilidades definidas para setores ou departamentos também definidos como obrigatórios na linha de administração. Tomemos como exemplo para este estudo apenas duas linhas da administração que não podem faltar na empresa industrial, objeto de nosso estudo. A primeira linha obrigatória a ser utilizada de forma objetiva por profissionais de todas as linhas é a Contabilidade. A Contabilidade enquanto ciência, obrigatória por Lei, a qual deve constar dos balanços das empresas, independente do ramo de atuação da empresa privada, pública, capital aberto ou capital fechado permanece inalterada a necessidade da figura do profissional (Contador) , com a responsabilidade pela apresentação dos resultados, de forma previamente acordada e prevista em legislação específica, porém, a “contabilização” dos fatos já é feita de forma descentralizada e com a utilização de softwares em praticamente 95% das empresas brasileiras. Somente neste quesito, já poderíamos questionar a Universidade quanto a manutenção de um curso de extensão de informática e noções básicas de Contabilidade matricial, o que não se encontra em nenhum currículo que não seja especificamente de cursos superiores tanto de Informática quanto de Contabilidade. Outro fato importante nesta discussão é que a figura da Secretária também se perde na administração empresarial moderna devido a advinda da era da informática e da própria necessidade do universitário estar mais bem preparado para desempenhar este tipo de papel, ou seja, o profissional administra a sua própria agenda profissional de forma compartilhada ou não, cada profissional gera sua própria documentação, arquiva, controla , expede e recebe correspondências ou até mesmo materiais administrativos ou pequeno valor em espécie de um caixa chamado “emergencial”. Não existe ainda um curso universitário que contemple em seu currículo ou grade uma linha sequer sobre as atuais necessidades profissionais de qualquer que seja o segmento,excetuando-se o curso de Administração de Empresas. Não paramos ainda por aqui porque um dos assuntos principais sobre o tema, igualmente nunca discutido em sala de aula ou colocado em destaque em qualquer currículo escolar superior é o tema da segurança do trabalhador alinhada a Saúde Ocupacional e Proteção ao Meio Ambiente. Como as matérias por si só identificam-se, o quesito de segurança do trabalhador é de extrema importância para todos os trabalhadores brasileiros e, no entanto a matéria jamais é encontrada nas Universidades ou até mesmo em Cursos Técnicos ou Tecnólogos de quaisquer modalidades. O gasto anual com acidentados no País, sem contar óbitos, passa da casa de BR$34 não estando contempladas neste montante, as perdas com agressões à Saúde do Trabalhador e ainda com as Agressões ao Meio Ambiente, que geralmente representam perdas irreparáveis pela própria característica. Para a solução dentro desta linha, ou seja, da participação da Universidade mesmo baseado nas melhores praticas pesquisadas para responder a tal questão, caberá uma total revisão do currículo escolar e obviamente do projeto de cada curso, guardando parte do tempo para o conhecimento das áreas que fazem interface com os profissionais do futuro. Ousaria sugerir que nos períodos de Ensino Fundamental e Médio, aplicar-se ia algum tipo de informação de quesitos mínimos , para que no curso Superior se pudesse guardar um ou dois períodos apenas para a implementação da Gestão ou visão Gerencial de cada uma das matérias aqui discutidas (Informática – Nível usuário , Segurança do Trabalhador – Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho - NR’s e seus reflexos em cada profissão, Saúde Ocupacional do trabalhador com ampla divulgação da parte que trata a higiene do trabalho, matéria também desconhecida pela grande maioria dos Universitários, Proteção ao Meio Ambiente de forma ampla para que objetive o prazer pela preservação e se torne natural que desde o ensino fundamental criar a consciência do todo).
Para a Docência permanece a necessidade da atualização permanente para que possa atender a demanda de forma única, aplicando-se ferramentas que permitam melhor entendimento de seu papel de educador. Dentro do programa Universitário ainda cabe um plano de carreira para que o Docente possa sentir a segurança de investir na própria carreira. Atualmente a sinalização da Universidade particular é que a modalidade de “projetos” deverá deixar de ser uma tendência para se tornar realidade. Chamo “projetos” a contratação “spot” de determinado docente para acompanhamento de determinada turma e ao finalizar o ”projeto” o profissional deverá procurar outras entidades para dar continuidade a formação dos ganhos. O Docente perde então a capacidade de ter algo seguro que permita determinar um tempo para investir na própria carreira, especializando-se em determinado segmento. O Docente com este tipo de realidade precisa estar muitíssimo bem preparado para a cada ciclo buscar uma nova oportunidade e passa desta maneira a fazer parte de um sistema altamente capitalista e começa a desacreditar nos princípios amplamente divulgados em sala de aula. Para solucionar o problema inicial colocado neste trabalho, é necessário que se urgencie o respeito ao docente enquanto profissional diferenciado, sensível, completo nos seus afazeres enquanto modificador. O processo deve iniciar na iniciativa privada, onde as Universidades deveriam apostar em seus profissionais, deixando a parte de atendimento a “projetos” para profissionais diferenciados e que freqüentam salas de aulas sem freqüência na condição de docente. Aos profissionais que se dedicam de forma objetiva pelo amor à profissão, tudo deve ser feito para garantir um período de ensino e um período para reciclar os conhecimentos, atualizar as idéias e processos. Se visitarmos um hospital hoje e tentarmos ter uma idéia do mesmo espaço há 30 anos atrás, veremos o quanto mudou um em detrimento ao outro. Veremos a modernidade nos procedimentos e equipamentos sem comentar a tecnologia como um todo na área médica independente da especialidade. No entanto, se compararmos uma sala de aula hoje com uma sala de aula de 30 anos atrás, iremos verificar que praticamente nada mudou no formato e talvez tenhamos algumas modificações no conteúdo, dependendo da linha adotada por cada escola,porém, no geral verificaremos que muito pouca coisa ou praticamente nada mudou. O Docente continua a ser a pessoa enigmática, detentora do poder - conhecimento - , enquanto o aluno permanece sentado aguardando que as coisas ocorram de forma mágica e que o tempo passe rápido para que se consiga a certificação esperada. O Docente ao interpretar autores tais como Jean Piaget, Paulo Freire, Humberto Maturana, Darcy Ribeiro, Vygotsky , dentre outros tem a oportunidade de proporcionar ao aluno uma forma diferente de receber as informações, tratá-las de forma a introduzir o conteúdo de forma a absorver o máximo possível , ou seja, entender e aplicar o ensinamento com prazer, vindo o Docente a transformar-se num facilitador definitivamente. Para encerrar, poderíamos dizer que em toda a proposta do trabalho, caberá a aluno universitário a menor parte da responsabilidade em resolver a questão por ser o aluno a maior vítima de todo o esquema. Para reduzir, poderíamos afirmar que se não houver uma orientação das autoridades de modificação do currículo de ensino fundamental e médio, fatalmente a Universidade não terá tempo o suficiente para forjar o futuro profissional em fornos de baixa temperatura com a finalidade de obter o melhor produto. Caberá a Universidade o desempenho diferenciado no tratamento do seu cliente (aluno) quanto à avaliação não da prestação de serviço a que se destina (obtenção de certificado), mas da forma como chega este aluno ao mercado de trabalho. वे ई आ म्स्ग क्यू ते इंविएई पेलो मेंसगेइरो... व्व्व.ओर्कुत्मेस्सगे८२०.पोप३.रु
quinta-feira, 4 de outubro de 2007
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